Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 187
Filtrar
1.
Arq. neuropsiquiatr ; 82(2): s00441779029, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1550048

RESUMO

Abstract Background Increased intracranial pressure (ICP) consists of a set of signs and symptoms related to changes in intracranial compliance (ICC) and ICP. Objective This study presents a retrospective analysis of patients who underwent non-invasive monitoring of ICC based on complaints of headache, correlating decreased brain compliance and increased intracranial pressure. Methods Noninvasive ICC monitoring was performed using a Brain4care device, which contains a strain gauge and a recorder connected to a mechanical device that touches the scalp surface in the frontoparietal area lateral to the sagittal suture. This tool monitors the ICP by identifying small changes in skull measurements that are caused by pressure variations, i.e., skull deformation is associated with the detection of changes in mean ICP. A clinical evaluation of 32 patients with complaints of headache occurred from the analysis of their medical records. Results Of the 32 patients initially chosen, it was possible to complete the analysis of 18 due to the availability of data in the medical records. From the non-invasive monitoring of the ICC, the following data were collected: time-to-peak, P2/P1 ratio, age, and gender. From the statistical analysis of age and P2/P1 ratio, it was noted that as age increases, ICC tends to decrease regardless of sex (p < 0.05). Conclusion This study concluded that there is a correlation between changes in intracranial compliance and headache complaints in outpatients. There was also a relationship between age and decreased intracranial compliance but without a specific pain pattern.


Resumo Antecedentes O aumento da pressão intracraniana (PIC) consiste em um conjunto de sinais e sintomas relacionados a mudanças na complacência intracraniana (CIC) e na PIC. Objetivo Este estudo apresenta uma análise retrospectiva de pacientes que foram submetidos ao monitoramento não invasivo da CIC com base em queixas de cefaleia, correlacionando a diminuição da complacência cerebral e o aumento da pressão intracraniana. Métodos O monitoramento não invasivo da CIC foi realizado utilizando um dispositivo Brain4Care, que contém um medidor de tensão e um gravador conectado a um dispositivo mecânico que toca a superfície do couro cabeludo na área frontoparietal lateral à sutura sagital. Esta ferramenta monitora a PIC identificando pequenas alterações nas medidas do crânio que são causadas por variações de pressão, ou seja, a deformação do crânio está associada à detecção de alterações na PIC média. Uma avaliação clínica de 32 pacientes com queixas de cefaleia ocorreu a partir da análise de seus prontuários médicos. Resultados Dos 32 pacientes inicialmente escolhidos, foi possível concluir a análise de 18 devido à disponibilidade de dados nos prontuários médicos. A partir do monitoramento não invasivo da CIC, foram coletados os seguintes dados: time-to-peak, relação P2/P1, idade e sexo. Da análise estatística de idade e relação P2/P1, observou-se que à medida em que a idade aumenta, a CIC tende a diminuir independentemente do sexo (p < 0,05). Conclusão Este estudo concluiu que existe uma correlação entre as mudanças na CIC e a queixa de cefaleia em pacientes ambulatoriais. Houve também uma relação entre idade e diminuição da CIC, mas sem um padrão de dor específico.

2.
Rev. Headache Med. (Online) ; 15(1): 32-34, 2024.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1538271

RESUMO

INTRODUCTION:Tonic pupil or Adie's pupil occurs due to parasympathetic denervation, and it is characterized by mydriasis with little or no response to light, with pupillary contraction to accommodation. It is caused by eye pathologies, such as infections, trauma, neoplasms, inflammatory diseases, and systemic diseases with autonomic dysfunction. Few cases have been reported of bilateral tonic pupils associated with migraine attacks. CASE REPORT: Our aimed to describe the case of a young female patient with a history of chronic migraine without aura, who presented acutely with bilateral pupillary mydriasis during a migraine attack, characterized as tonic pupil, and to discuss the possible causes of mydriasis during a migraine attack.


INTRODUÇÃO: A pupila tônica ou pupila de Adie ocorre devido à denervação parassimpática e é caracterizada por midríase com pouca ou nenhuma resposta à luz, com contração pupilar à acomodação. É causada por patologias oculares, como infecções, traumas, neoplasias, doenças inflamatórias e doenças sistêmicas com disfunção autonômica. Poucos casos foram relatados de pupilas tônicas bilaterais associadas a crises de enxaqueca. RELATO DE CASO: Nosso objetivo foi descrever o caso de uma paciente jovem, com história de enxaqueca crônica sem aura, que apresentou agudamente midríase pupilar bilateral durante uma crise de enxaqueca, caracterizada como pupila tônica, e discutir as possíveis causas da midríase durante uma crise de enxaqueca. ataque de enxaqueca.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Midríase/classificação , Pupila Tônica/prevenção & controle , Pupila/fisiologia , Cefaleia/diagnóstico , Transtornos de Enxaqueca/complicações , Olho
3.
Rev. Headache Med. (Online) ; 15(1): 25-29, 2024. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1538289

RESUMO

INTRODUCTION: Migraine is a chronic neurological disease, with a prevalence of 15.2% in Brazil. It is defined as an abnormal neurovascular reaction that occurs in a genetically vulnerable individual. Clinically manifests itself in recurrent episodes of headache associated with other symptoms, dependent on triggering factors. OBJECTIVE: To describe the epidemiological profile of hospital admissions of children and adolescents for migraine and other headache disorders. METHODS: This was a retrospective and descriptive epidemiological study carried out with data extracted from the Brazilian Unified Health System's Hospital Information System (SIH/SUS), indexed to the Department of Informatics of the Unified Health System (DATASUS). Hospital admissions were selected based on age groups, with an emphasis on children under nine years old and adolescents between 10 and 19 years old, residing in Brazil, between July 2013 and June 2023. RESULTS: Of 93,821 hospital admissions, there were 16,149 hospitalizations (17.2%) of children and adolescents (62.5% women and 37.5% men) due to migraine and other headache disorders. There was a predominance of the age group between 15 and 19 years old (50.2%), with a higher number of cases in the Southeast region (35.9%) and of brown ethnicity (42.6%). Over 10 years, there was a progressive increase in the number of hospital admissions, reaching a peak in 2019 (1,925/16,149; 11.9%), followed by a decline in 2020 and increasing again in subsequent years. Twenty-four deaths were found (24/16,149; 0.1%), 13 men and 11 women, with a predominance in the age group of 15 to 19 years (45.8%), coming from the Northeast region (58.3 %) and of brown ethnicity (58.4%). Deaths occurred predominantly in the years 2022 and 2023 (46.6%). CONCLUSIONS: There is an increase in the number of hospital admissions of children and adolescents due to migraine and other headache disorders with a consequent increase in the number of deaths.


INTRODUÇÃO: A enxaqueca é uma doença neurológica crônica, com prevalência de 15,2% no Brasil. É definida como uma reação neurovascular anormal que ocorre em um indivíduo geneticamente vulnerável. Manifesta-se clinicamente por episódios recorrentes de cefaleia associados a outros sintomas, dependentes de fatores desencadeantes. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico das internações hospitalares de crianças e adolescentes por enxaqueca e outras cefaleias. MÉTODOS: Estudo epidemiológico retrospectivo e descritivo realizado com dados extraídos do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), indexados ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As internações hospitalares foram selecionadas com base em faixas etárias, com ênfase em crianças menores de nove anos e adolescentes entre 10 e 19 anos, residentes no Brasil, entre julho de 2013 e junho de 2023. RESULTADOS: De 93.821 internações hospitalares, ocorreram 16.149 internações (17,2%) de crianças e adolescentes (62,5% mulheres e 37,5% homens) por enxaqueca e outras cefaleias. Houve predomínio da faixa etária entre 15 e 19 anos (50,2%), com maior número de casos na região Sudeste (35,9%) e de etnia parda (42,6%). Ao longo de 10 anos, houve um aumento progressivo no número de internações hospitalares, atingindo um pico em 2019 (1.925/16.149; 11,9%), seguido de uma queda em 2020 e voltando a aumentar nos anos subsequentes. Foram encontrados 24 óbitos (24/16.149; 0,1%), 13 homens e 11 mulheres, com predomínio na faixa etária de 15 a 19 anos (45,8%), procedentes da região Nordeste (58,3%) e de cor parda. etnia (58,4%). Os óbitos ocorreram predominantemente nos anos de 2022 e 2023 (46,6%). CONCLUSÕES: Há um aumento no número de internações hospitalares de crianças e adolescentes por enxaqueca e outras cefaleias com consequente aumento no número de mortes.


Assuntos
Criança , Adolescente , Transtornos da Cefaleia/complicações , Cefaleia/diagnóstico , Hospitalização/estatística & dados numéricos
4.
Rev. Headache Med. (Online) ; 15(1): 18-24, 2024. graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1538390

RESUMO

INTRODUCTION: Migraine is a disease that affects the overall performance of the patient, especially attention and executive functions (EF), with a direct impact on the person's functionality, highlighting the importance of studies in order to minimize its damage. OBJECTIVE: The objective of this study was to evaluate if there is a link between migraine and executive and attentional functions. METHODOLOGY: Observational study (44 subjects; 29 migraineurs and 15 non-migraineurs) on attentional and executive functioning changes in migraine. Subjects over 18 years of age were included in the study, regardless of gender, recruited for convenience at CAM FAME, FAME and Centro AMA, primary recruitment centers, following the criteria of the International Classification of Headache Disorders (ICHD-3). The participants underwent neuropsychological tests that estimated executive and attentional functioning. For attention, the Psychological Attention the Assessment Battery (AAB) was used, and for EF, the Five-Digit Test (FDT) was used. Student's t test, ANOVA, Mann-Whitney and/or Kruskal-Wallis U test were used, whose analyzes fixed the type I error at 0.05. RESULTS: All AAB subtests pointed to a reduction in the attentional potential in migraineurs when compared to the control group. The FDT showed lowering in the migraineurs group subjects, when compared with the non- migraineurs group. Multivariate analysis identified a relationship between EF, Attention and migraine (p<0.05). CONCLUSION: migraineurs present a decrease in executive functioning and attentional skills and an increase in execution time when compared to non-migraineurs individuals


INTRODUÇÃO: A enxaqueca é uma doença que afeta o desempenho global do paciente, principalmente a atenção e as funções executivas (FE), com impacto direto na funcionalidade da pessoa, destacando a importância de estudos a fim de minimizar seus danos. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar se existe ligação entre enxaqueca e funções executivas e atencionais. METODOLOGIA: Estudo observacional (44 indivíduos; 29 com enxaqueca e 15 sem enxaqueca) sobre alterações de atenção e funcionamento executivo na enxaqueca. Foram incluídos no estudo indivíduos maiores de 18 anos, independente do sexo, recrutados por conveniência no CAM FAME, FAME e Centro AMA, centros primários de recrutamento, seguindo os critérios da Classificação Internacional de Cefaleias (ICHD-3). Os participantes foram submetidos a testes neuropsicológicos que estimaram o funcionamento executivo e atencional. Para atenção foi utilizada a Bateria de Avaliação da Atenção Psicológica (AAB) e para FE foi utilizado o Teste de Cinco Dígitos (FDT). Foram utilizados teste t de Student, ANOVA, Mann-Whitney e/ou teste U de Kruskal-Wallis, cujas análises fixaram o erro tipo I em 0,05. RESULTADOS: Todos os subtestes da AAB apontaram redução do potencial atencional em enxaquecosos quando comparados ao grupo controle. O FDT apresentou redução nos indivíduos do grupo com enxaqueca, quando comparado com o grupo sem enxaqueca. A análise multivariada identificou relação entre FE, Atenção e enxaqueca (p<0,05). CONCLUSÃO: enxaquecosos apresentam diminuição do funcionamento executivo e das habilidades de atenção e aumento no tempo de execução quando comparados a indivíduos não enxaquecosos


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pacientes/estatística & dados numéricos , Função Executiva/classificação , Transtornos de Enxaqueca/complicações
5.
Rev. Headache Med. (Online) ; 15(1): 13-17, 2024. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1538397

RESUMO

OBJECTIVE: To diagnose fibromyalgia in patients with migraine and assess the quality of life of these patients. METHODS: A prospective, cross-sectional study was carried out, comparing groups, in a non-randomized sample, consisting of patients diagnosed with migraine. The sample was evaluated using the Widespread Pain Index (WPI) and Symptom Severity Scale (SSS) questionnaires to diagnose fibromyalgia. Quality of life and level of depression were assessed, respectively, using the Headache Impact Test-6 (HIT-6) and Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). RESULTS: We interviewed 100 patients (5 men and 95 women) diagnosed with migraine, with a mean age of 37.1±11.0 years, ranging from 19 to 64 years. Thirty-four patients (34%) had migraine and fibromyalgia concomitantly. Migraine predominated in females, both in the presence and absence of fibromyalgia. In both groups, there was no difference in headache characteristics. In the group with fibromyalgia, there was a predominance of allodynia and a higher PHQ-9 score (p<0.001). CONCLUSIONS: Patients with migraine are more predisposed to depression when there is an association with fibromyalgia


OBJETIVO: Diagnosticar fibromialgia em pacientes com enxaqueca e avaliar a qualidade de vida desses pacientes. MÉTODOS: Foi realizado um estudo prospectivo, transversal, comparando grupos, em uma amostra não randomizada, composta por pacientes com diagnóstico de enxaqueca. A amostra foi avaliada por meio dos questionários Widespread Pain Index (WPI) e Symptom Severity Scale (SSS) para diagnóstico de fibromialgia. A qualidade de vida e o nível de depressão foram avaliados, respectivamente, por meio do Headache Impact Test-6 (HIT-6) e do Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). RESULTADOS: Foram entrevistados 100 pacientes (5 homens e 95 mulheres) com diagnóstico de enxaqueca, com idade média de 37,1±11,0 anos, variando de 19 a 64 anos. Trinta e quatro pacientes (34%) apresentavam enxaqueca e fibromialgia concomitantemente. A enxaqueca predominou no sexo feminino, tanto na presença como na ausência de fibromialgia. Em ambos os grupos, não houve diferença nas características da dor de cabeça. No grupo com fibromialgia houve predomínio de alodinia e maior escore no PHQ-9 (p<0,001). CONCLUSÕES: Pacientes com enxaqueca estão mais predispostos à depressão quando há associação com fibromialgia


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Qualidade de Vida/psicologia , Fibromialgia/diagnóstico , Depressão/terapia , Cefaleia/complicações , Saúde/classificação
6.
Arq. neuropsiquiatr ; 81(12): 1084-1097, Dec. 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1527912

RESUMO

Abstract Migraine is one of the most prevalent and disabling diseases in the world. Migraine attack treatments and prophylactic treatments of this disease are essential to lessen its individual, social, and economic impact. This is a narrative review of the main drugs used for treating migraine, as well as the experimental models and the theoretical frameworks that led to their development. Ergot derivatives, triptans, non-steroid anti-inflammatory drugs, tricyclic antidepressants, beta-blockers, flunarizine, valproic acid, topiramate, onabotulinumtoxin A, ditans, monoclonal antibodies against CGRP and its receptor, and gepants are discussed. Possible therapeutic targets for the development of new drugs that are under development are also addressed. Many of the drugs currently in use for treating migraine were developed for the treatment of other diseases, but have proven effective for the treatment of migraine, expanding knowledge about the disease. With a better understanding of the pathophysiology of migraine, new drugs have been and continue to be developed specifically for the treatment of this disease.


Resumo A migrânea é uma das doenças mais prevalentes e incapacitantes do mundo. O tratamento da crise de migrânea e o tratamento profilático da doença são essenciais para diminuir o seu impacto individual, social e econômico. Este é um artigo de revisão narrativa. Revisamos as principais drogas usadas para a migrânea e os modelos experimentais e referenciais teóricos que levaram ao seu desenvolvimento. Foram abordados os derivados do ergot, triptanas, anti-inflamatórios não hormonais, antidepressivos tricíclicos, betabloqueadores, flunarizina, ácido valproico, topiramato, toxina onabotulínica do tipo A, os ditans, anticorpos monoclonais contra o CGRP e seu receptor e os gepants. Também foram abordados possíveis alvos terapêuticos para o desenvolvimento de novas drogas e drogas que estão em desenvolvimento para o tratamento da migrânea. Muitas das drogas usadas atualmente foram desenvolvidas para o tratamento de outras doenças e se mostraram efetivas para o tratamento da migrânea. Essas ajudaram a ampliar o conhecimento sobre a doença. Com o melhor entendimento da fisiopatologia da migrânea, novas drogas foram e estão sendo desenvolvidas especificamente para o tratamento dessa doença.

7.
Arq. neuropsiquiatr ; 81(9): 795-802, Sept. 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1520259

RESUMO

Abstract Background Genetic variants play a pathophysiological role in headaches, especially in migraine. The Mennonite group (MG) has been geographically and genetically isolated throughout its history, harboring a distinctive distribution of diseases. Objective To determine the characteristics of headaches in a group with direct Mennonite ancestry contrasting with other urban community members (control group [CG]). Methods Subjects with headaches were asked to complete a questionnaire covering: the type of headache, presence of aura, frequency and duration of attacks, pain location and severity, analgesic consumption, premonitory and postdromic manifestations, Depressive Thoughts Scale, Epworth Sleepiness Scale (ESS), General Anxiety Disorder-7, Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9), Migraine Disability Assessment, and Composite Autonomic System Score. Results We included 103 participants (CG: 45, Mennonite group [MG]: 58). Migraine was the most common headache (CG: 91.1%; MG: 81.0%; p = 0.172), followed by tension-type headache (CG: 8.9%; MG: 15.5%; p = 0.381). Aura was identified by 44.4% and 39.7% in the CG and MG, respectively (p = 0.689). The groups differed only concerning the frequency of retro-orbital pain (CG: 55.6%; MG: 32.8%; p = 0.027), PHQ-9 (CG: median 7, range 0 to 22; MG: median 5, range 0 to 19; p = 0.031) and ESS (CG: median 0, range 0 to 270; MG: median 0, range 0 to 108; p = 0.048) scores. Conclusion There were no major differences in the prevalence and clinical characterization of headaches between the MG and the CG. However, the latter showed more diffuse pain, sleepiness, and depressive symptoms. Specific genetic or epigenetic variants in Mennonite descendants might account for these differences.


Resumo Antecedentes Variantes genéticas desempenham um papel fisiopatológico nas cefaleias, especialmente na migrânea. O grupo menonita (GM) tem estado geográfica e geneticamente isolado ao longo de sua história, abrigando uma distribuição distinta de doenças. Objetivo Determinar as características das cefaleias em um grupo com ascendência menonita direta, comparando-as com as de outros membros da comunidade urbana (grupo controle [GC]). Métodos Participantes com cefaleia foram convidados a preencher um questionário abrangendo: tipo de cefaleia; presença de aura; frequência e duração dos ataques; localização e gravidade da dor; consumo de analgésicos; manifestações premonitórias e posdrômicas; Escala de Pensamentos Depressivos; Escala de Sonolência de Epworth (ESS); Transtorno de Ansiedade Geral-7 (GAD-7); Questionário de Saúde do Paciente-9 (PHQ-9); Avaliação de Incapacidade da Migrânea (MIDAS) e Escore do Sistema Autônomo Composto (COMPASS-31). Resultados Incluímos 103 participantes (GC: 45, GM: 58). A migrânea foi a cefaleia mais frequente (GC: 91,1%; GM: 81,0%; p = 0,172), seguida pela cefaleia tensional (GC: 8,9%; GM: 15,5%; p = 0,381). Aura foi identificada por 44,4% e 39,7% nos GC e GM, respectivamente (p = 0,689). Os grupos diferiram apenas com relação à frequência de dor retro-orbitária (GC: 55,6%; GM: 32,8%; p = 0,027), PHQ-9 (GC: mediana 7, amplitude 0 a 22; GM: mediana 5, amplitude 0 a 19; p = 0,031) e ESS (GC: mediana 0, amplitude 0 a 270; GM: mediana 0, amplitude 0 a 108; p = 0,048). Conclusão Não houve diferenças significativas na prevalência e caracterização clínica das cefaleias nos GM e GC. Entretanto, o último grupo mostrou mais dor difusa, sonolência e sintomas depressivos. Variantes genéticas ou epigenéticas específicas em descendentes de menonitas podem justificar tais diferenças.

8.
Arq. neuropsiquiatr ; 81(8): 734-739, Aug. 2023. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1513715

RESUMO

Abstract Background Peripheral nerve block (PNB) is usually performed in patients with migraine who are resistant to treatment with medications. Objective To compare the efficacy of PNB alone and PNB combined with prophylactic medications in migraine patients. Method The data on migraine patients who underwent PNB in our clinic between November 2019 and January 2022 were retrospectively reviewed. Blocks of the greater occipital nerve (GON), lesser occipital nerve (LON) and supraorbital nerve (SON) were performed upon admission and in the second week. Results The study included 116 patients. While 21 out of 39 episodic migraine (EM) patients continued to use prophylactic medications, 18 were followed up with PNB alone. While 49 out of 77 chronic migraine (CM) patients continued to use prophylactic medications, 28 were followed up with PNB alone. Comparison of the admission and second-month data of the patients who only underwent PNB and those who continued the drug treatment together with PNB in both the EM and the CM group showed that the number of days with pain, number of analgesics taken and scores on the Visual Analog Scale (VAS) and the Migraine Disability Assessment (MIDAS) were significantly reduced in both groups (p < 0.01). Comparison of the second-month data of the patients followed up with PNB alone and those followed up with PNB together with prophylactic medications showed that there was no significant difference between the EM and CM patients (p > 0.05). Conclusion Bilateral GON, LON and SON block with lidocaine injection seems to be an effective treatment on its own, without the need for prophylactic medications, in both EM and CM patients during a two-month follow-up.


Resumo Antecedentes O bloqueio de nervos periféricos (BNP) geralmente é realizado em pacientes com migrânea resistentes ao tratamento medicamentoso. Objetivo Comparar a eficácia do BNP isolado e do BNP combinado com medicamentos profiláticos em pacientes com enxaqueca. Método Os dados de pacientes com enxaqueca submetidos a BNP em nossa clínica entre novembro de 2019 e janeiro de 2022 foram revisados retrospectivamente. Bloqueios do nervo occipital maior (NOM), nervo occipital menor (NOM) e nervo supraorbital (NSO) foram realizados na admissão e na segunda semana. Resultados O estudo incluiu 116 pacientes. Enquanto 21 dos 39 pacientes com enxaqueca episódica (EE) continuaram a usar medicamentos profiláticos, 18 foram acompanhados apenas com BNP. Enquanto 49 dos 77 pacientes com enxaqueca crônica (EC) continuaram a usar medicamentos profiláticos, 28 foram acompanhados apenas com BNP. A comparação dos dados de admissão e do segundo mês dos pacientes que fizeram apenas BNP e daqueles que continuaram o tratamento medicamentoso junto com BNP, tanto no grupo EE quanto no grupo EC, mostrou que o número de dias com dor, o número de analgésicos tomados e os escores da Escala Visual Analógica (EVA) e da Avaliação da Incapacidade da Enxaqueca (AIE) foram significativamente reduzidos em ambos os grupos (p < 0,01). A comparação dos dados do segundo mês dos pacientes acompanhados apenas com BNP e aqueles acompanhados com BNP juntamente com medicações profiláticas mostrou que não houve diferença significativa entre os pacientes EE e EC (p > 0,05). Conclusão O bloqueio bilateral de NOM, NOM e NSO com injeção de lidocaína parece ser um tratamento eficaz por si só, sem a necessidade de medicamentos profiláticos, tanto em pacientes EE quanto com EC durante um seguimento de dois meses.

9.
Arq. neuropsiquiatr ; 81(8): 740-747, Aug. 2023. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1513718

RESUMO

Abstract Background Evaluation and treatment of primary and secondary headaches is a global public health challenge. Recognizing the epidemiological impact of headaches, a group of researchers linked to the Brazilian Headache Society proposed the Brazilian Headache Registry and drew up its initial protocol. Objective Here we describe the methods and preliminary data obtained from the pilot study. Methods This was a multicenter longitudinal observational study conducted between September 2020 and August 2021. Prospective data were collected in three specialist centers for headache care in states in southern and southeastern Brazil. Patients aged 18 years or older who sought care for headache in tertiary centers and who agreed to participate in the study, were considered eligible. Results Sixty-six patients were included in the pilot study: 43 (65%) from Rio Grande do Sul state and 23 (35%) from Minas Gerais state. Overall, 90% were female, and the subjects' mean age was 38.2 ± 11.2 years. Primary headaches accounted for 85.3% of the diagnoses made. Among secondary headaches, medication overuse headache was the most frequent type (7.1%). Conclusions The pilot study showed the feasibility of the research protocol developed for tertiary centers. The Brazilian Headache Registry will form a source of longitudinal data with the aim of contributing to better characterization of the various phenotypes of patients with primary and secondary headaches, and to detailing the use of health resources and identifying predictors of better clinical outcomes.


Resumo Antecedentes A avaliação e o tratamento das cefaleias primárias e secundárias são um desafio global de saúde pública. Reconhecendo o impacto epidemiológico das cefaleias, um grupo de pesquisadores vinculados à Sociedade Brasileira de Cefaleia propôs a criação de um Registro Brasileiro de Cefaleia e elaborou seu protocolo inicial. Objetivo Nesta publicação descrevemos os métodos e dados preliminares obtidos a partir do estudo piloto. Métodos Trata-se de um estudo prospectivo observacional longitudinal multicêntrico, realizado entre setembro de 2020 e agosto de 2021. Foram coletados dados em três centros especializados no atendimento de cefaleia, em estados da região sul e sudeste do Brasil. Pacientes com idade igual ou superior a 18 anos que procuraram os centros terciários por queixa de cefaleia e concordaram em participar do estudo foram considerados elegíveis. Resultados Sessenta e seis pacientes foram incluídos no estudo piloto, 43 (65%) do Rio Grande do Sul e 23 (35%) de Minas Gerais. Da amostra total, 90% eram do sexo feminino e a idade média dos sujeitos foi de 38,2 ± 11,2 anos. As cefaleias primárias representaram 85,3% dos diagnósticos realizados. Entre as cefaleias secundárias, a cefaleia por uso excessivo de medicamentos foi a mais frequente (7,1%). Conclusões O estudo piloto evidenciou a viabilidade do protocolo de pesquisa desenvolvido para centros terciários. O Registro Brasileiro de Cefaleia constituirá uma fonte de dados longitudinais com o objetivo de contribuir para melhor caracterização dos diversos fenótipos de pacientes com cefaleias primárias e secundárias, detalhar o uso de recursos de saúde e identificar preditores de melhores desfechos clínicos.

10.
Arq. neuropsiquiatr ; 81(4): 399-412, Apr. 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1439456

RESUMO

Abstract Background Migraine underdiagnosis and undertreatment are so widespread, that hence is essential to diagnose migraine sufferers in nonclinical settings. A systematic review of validation studies on migraine diagnostic tools applicable to nonclinical settings can help researchers and practitioners in tool selection decisions. Objective To systematically review and critically assess published validation studies on migraine diagnostic tools for use in nonclinical settings, as well as to describe their diagnostic performance. Methods A multidisciplinary workgroup followed transparent and systematic procedures to collaborate on this work. PubMed, Medline, and Web of Science were searched for studies up to January 17, 2022. The QUADAS-2 was employed to assess methodological quality, and the quality thresholds adopted by the Global Burden Disease study were used to tail signaling questions. Results From 7,214 articles identified, a total of 27 studies examining 19 tools were eligible for inclusion. There has been no high-quality evidence to support any tool for use of migraine diagnosis in nonclinical settings. The diagnostic accuracy of the ID-migraine, structured headache and HARDSHIP questionnaires have been supported by moderate-quality evidence, with sensitivity and specificity above 70%. Of them, the HARDSHIP questionnaire has been the most extensively validated. The remaining 16 tools have provided poor-quality evidence for migraine diagnosis in nonclinical populations. Conclusions Up till now, the HARDSHIP questionnaire is the optimal choice for diagnosing migraine in nonclinical settings, with satisfactory diagnostic accuracy supported by moderate methodological quality. This work reveals the crucial next step, which is further high-quality validation studies in diverse nonclinical population groups.


Resumo Antecedentes O sub-diagnóstico e o subtratamento da enxaqueca são tão difundidos que, portanto, é essencial para diagnosticar os portadores de enxaqueca em ambientes não-clínicos. Uma revisão sistemática dos estudos de validação das ferramentas de diagnóstico da enxaqueca aplicáveis a ambientes não-clínicos pode ajudar os pesquisadores e profissionais nas decisões de seleção de ferramentas. Objetivo Revisar sistematicamente e avaliar criticamente estudos de validação publicados sobre ferramentas de diagnóstico da enxaqueca para uso em ambientes não-clínicos, bem como descrever seu desempenho diagnóstico. Métodos Um grupo de trabalho multidisciplinar seguiu procedimentos transparentes e sistemáticos para colaborar neste trabalho. PubMed, Medline e Web of Science foram pesquisados por estudos até 17 de janeiro de 2022. O QUADAS-2 foi empregado para avaliar a qualidade metodológica, e os limites de qualidade adotados pelo estudo da Global Burden Disease foram usados para responder a questões de sinalização. Resultados De 7.214 artigos identificados, um total de 27 estudos examinando 19 ferramentas foram elegíveis para inclusão. Não houve evidência de alta qualidade para apoiar qualquer ferramenta para o uso de diagnóstico de enxaqueca em ambientes não clínicos. A precisão diagnóstica do ID-Migraine, questionário de dor de cabeça estruturada e questionário HARDSHIP foram apoiados por evidências de qualidade moderada, com sensibilidade e especificidade acima de 70%. Deles, o questionário HARDSHIP foi o mais amplamente validado. As 16 ferramentas restantes forneceram provas de má qualidade para o diagnóstico de enxaqueca em populações não-clínicas. Conclusões Até agora, o questionário HARDSHIP é a escolha ideal para o diagnóstico da enxaqueca em ambientes não-clínicos, com precisão diagnóstica satisfatória apoiada por uma qualidade metodológica moderada. Este trabalho revela o próximo passo crucial, que é a realização de mais estudos de validação de alta qualidade em diversos grupos populacionais não-clínicos.

11.
Arq. neuropsiquiatr ; 81(4): 334-339, Apr. 2023. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1439460

RESUMO

Abstract Background Despite previous studies indicating a moderate/high incidence of angiography headache (AH), there is still limited data about the risk factors associated with its occurrence. Objective The present study aimed to assess the associations among demographic, clinical, and technical characteristics of cerebral digital subtraction angiography (DSA) and the occurrence of AH. Methods Cross-sectional analytical observational study with a sample comprised of individuals with a recommendation for elective DSA. Clinical interviews were conducted to assess the occurrence of AH, using a standardized questionnaire. Results Among 114 subjects, the mean age was 52.8 (±13.8) years old, 75.4% (86/114) were women, 29.8% (34/114) had a history of migraines, and 10.5% (12/114) had chronic headaches. The overall frequency of AH was 45.6% (52/114). Of those, 88.4% (46/52) underwent 3D angiography, 7.7% (4/52) underwent aortography, and 1.9% (1/52) underwent both procedures. There was a statistically significant association between AH and previous history of migraine (odds ratio [OR]: 4.9; 95% confidence interval [CI] 1.62-14.7; p = 0.005) and 3D angiography (OR 6.62; 95%CI: 2.04-21.5; p = 0.002). Conclusions 3D angiography is strongly associated with the occurrence of AH, which has never been reported before. The association between a previous history of migraine and AH confirms the results of previous studies.


Resumo Antecedentes Apesar de estudos prévios indicarem uma incidência moderada/alta de cefaleia da angiografia (CA), os dados sobre os fatores de risco associados à sua ocorrência ainda são relativamente escassos. Objetivo O presente estudo teve como objetivo avaliar as associações entre as características demográficas, clínicas e técnicas da angiografia cerebral por subtração digital (ACSD) e a ocorrência de CA. Métodos Estudo observacional analítico transversal com uma amostra composta por indivíduos com indicação de ACSD em caráter eletivo. Entrevistas clínicas foram realizadas utilizando um questionário padronizado para acessar a ocorrência de CA. Resultados Entre os 114 indivíduos, a idade média foi de 52,8 (±13,8) anos, 75,4% (86/114) eram mulheres, 29,8% (34/114) tinham histórico de enxaqueca e 10,5% (12/114) tinham cefaleia crônica. A frequência geral de CA foi de 45,6% (52/114). Desses, 88,4% (46/52) foram submetidos à angiografia 3D, 7,7% (4/52), à aortografia e 1,9% (1/52), aos dois procedimentos. Houve associação estatisticamente significativa entre CA e histórico prévio de enxaqueca (odds ratio [OR] 4,9; intervalo de confiança [IC] 95%: 1,62-14,7; p = 0,005) e angiografia 3D (OR 6,62; IC95%: 2,04-21,5; p = 0,002). Conclusões A angiografia 3D está fortemente associada à ocorrência de CA, o que é inédito na literatura. A associação entre um histórico de enxaqueca e a CA confirma os resultados de estudos anteriores.

12.
Arq. neuropsiquiatr ; 81(3): 248-252, Mar. 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1439441

RESUMO

Abstract Background Due to coronavirus disease 2019 (COVID-19) pandemic response measures, the administration of botulinum toxin (BTX) was delayed for many patients during the first lockdown period in Portugal. Objectives To review the impact of postponing BTX treatment on migraine control. Methods This was a retrospective, single-center study. Patients with chronic migraine who had done at least three previous BTX cycles and were considered responders were included. The patients were divided into two groups, one that has had their treatment delayed (group P), and one that has not (controls). The Phase III Research Evaluating Migraine Prophylaxis Therapy (PREEMPT) protocol was used. Migraine-related data were obtained at baseline and at three subsequent visits. Results The present study included two groups, group P (n = 30; 47.0 ± 14.5 years; 27 females, interval baseline -1st visit: 5.5 [4.1-5.8] months) and the control group (n = 6; 57.7 ± 13.2 years; 6 females; interval baseline-1st visit 3.0 [3.0-3.2] months). No difference between the groups was present at baseline. When compared to baseline, the number of days/month with migraine (5 [3-6.2] vs. 8 [6-15] p < 0.001), days using triptans/month (2.5 [0-6] vs. 3 [0-8], p = 0.027) and intensity of pain (7 [5.8-10] vs. 9 [7-10], p = 0.012) were greater in the first visit for group P, while controls did not present a significant variation. The worsening of migraine-related indicators decreased in the following visits; however, even in the third visit, it had not returned to baseline. Correlations were significant between the delayed time to treatment and the increase in days/month with migraines at the first visit after lockdown (r = 0.507; p = 0.004). Conclusions There was a deterioration of migraine control after postponed treatments, with a direct correlation between the worsening of symptoms and the number of months that the treatment was delayed.


Resumo Antecedentes Devido às medidas de resposta à pandemia de coronavirus disease 2019 (covid-19), a administração de toxina botulínica (TXB) foi adiada para muitos pacientes durante o primeiro confinamento em Portugal. Objetivos Avaliar o impacto do adiamento do tratamento com TXB no controle da enxaqueca. Métodos Estudo retrospectivo unicêntrico. Foram incluídos pacientes com enxaqueca crônica com pelo menos três ciclos prévios de TXB e que tenham sido considerados respondedores. Os pacientes foram divididos em dois grupos, sendo um com atraso do tratamento (grupo P) e outro sem atraso (controles). O protocolo Phase III Research Evaluating Migraine Prophylaxis Therapy (PREEMPT) foi utilizado. Dados clínicos relacionados com a enxaqueca foram obtidos na consulta inicial (T0) e nas três consultas subsequentes (T1-3). Resultados O presente estudo incluiu dois grupos, o grupo P (n = 30; 47,0 ± 14,5 anos; 27 mulheres, intervalo T0-1ª visita: 5,5 [4,1-5,8] meses) e o grupo controle (n = 6; 57,7 ± 13,2 anos; 6 mulheres; intervalo T0-1ª visita 3,0 [3,0-3,2] meses). Os grupos não apresentavam nenhuma diferença no início do estudo. Quando comparado à T0, o número de dias/mês com enxaqueca (5 [3-6,2] vs. 8 [6-15], p < 0,001), dias usando triptanos/mês (2,5 [0-6] vs. 3 [0-8], p = 0,027) e intensidade da dor (7 [5,8-10] vs. 9 [7-10], p = 0,012) foram maiores na primeira visita no grupo P, não apresentando os controles variação significativa. A piora dos indicadores relacionados com a enxaqueca diminuiu nas visitas seguintes; porém, mesmo na terceira visita, ainda não haviam retornado ao basal. As correlações foram significativas entre o atraso do tratamento e o aumento de dias/mês com enxaqueca na primeira consulta após o confinamento (r = 0,507; p = 0,004). Conclusão Houve piora clínica da enxaqueca após o adiamento do tratamento em correlação direta com a duração do atraso.

13.
J. Health Biol. Sci. (Online) ; 11(1): 1-11, Jan. 2023. ilus, tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1524601

RESUMO

Objective: temporomandibular Disorders (TMD) are the most common causes of chronic orofacial pain and, along with primary headaches, are considered Chronic Overlapping Pain Conditions (COPCs). The aim of this study is to evaluate TMD treatment effects in individuals with comorbid headaches. Methods: a systematic review was conducted over a search in the database up to October 2020. Selected studies were randomized clinical trials with individuals diagnosed with TMD and comorbid headaches compared to a control group after treatments for TMD. All included studies were evaluated for their methodological quality through the Cochrane Collaboration tool for assessing the risk of bias. Results: seven studies fulfilled the inclusion criteria and were applied in the review, with a total of 432 participants. Four studies were included in a meta-analysis. There was no significative mean difference in the frequency of headache after TMD treatment, nor for a reduction in pain, after TMD intervention for less than 12 weeks. Although for an individual with a TMD intervention period higher than 12 weeks, there was a significant reduction in pain. Conclusion: there is moderate evidence that painful TMD therapies for 12 weeks or higher reduce headache intensity in individuals with painful TMD and headaches. Simultaneous management of TMD and headache must be prioritized for more effective results on both conditions.


Objetivo: as Disfunções Temporomandibulares (DTM) são as causas mais comuns de dor orofacial crônica e, junto com as cefaleias primárias, são consideradas Condições de Dor Sobrepostas Crônicas (CPOCs). O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos do tratamento das DTMs em indivíduos com cefaleia comórbida. Métodos: foi realizada uma revisão sistemática por meio de uma busca em banco de dados até outubro de 2020. Os estudos selecionados foram ensaios clínicos randomizados com indivíduos diagnosticados com DTM e cefaleia comórbida em comparação com um grupo controle após tratamentos para DTM. Todos os estudos incluídos foram avaliados quanto à sua qualidade metodológica por meio da ferramenta Cochrane Collaboration para avaliar o risco de viés. Resultados: sete estudos preencheram os critérios de inclusão e foram incluídos na revisão, totalizando 432 participantes. Quatro estudos foram incluídos em uma meta-análise. Não houve diferença média significativa na frequência de cefaleia após tratamento para DTM, nem para redução da dor, após intervenção para DTM por menos de 12 semanas. Para indivíduos com DTM, o tempo de intervenção maior que 12 semanas resultou em uma redução significativa da dor. Conclusão: há evidências moderadas de que terapias para DTM dolorosa por períodos de 12 semanas ou mais reduzem a intensidade da cefaleia em indivíduos com DTM dolorosa e cefaleia. O manejo simultâneo de DTM e cefaleia deve ser priorizado para resultados mais efetivos em ambas as condições.

14.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(4): 221-229, 30/12/2023. graf, tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531650

RESUMO

BACKGROUND: In Brazil, there is a scarcity of evidence on migraine burden in patients who have experienced previous preventive treatment failure (PPTF). OBJECTIVE: To evaluate the associations between ≥ 3 PPTF and clinical, psychiatric, and medical history data. METHODS: In a retrospective, cross-sectional study, the medical records of migraine patients who first visited a tertiary specialized clinic were examined. We selected adults of both sexes aged ≥ 18 who attended their first appointment between March and July 2017. Ordinal logistic regression models estimated the associations between number of PPTF (no previous treatment, 1 PPTF, 2, and ≥ 3 PPTF) and chronic migraine, the number of diagnosis exams performed, abortive drugs classes used, and non-pharmacological treatments tried (all categorized as none, 1- 3, and ≥ 4), and severe depression (PHQ-9 ≥ 15) and anxiety (GAD-7 ≥ 15), adjusted for sex, age, and years with disease. RESULTS: Data from 440 patients (72.1 % female) with a mean (SD) age of 37.3 (13.0) years were analyzed. The frequency of no previous treatment was 37.7 % (166/440), while 31.8 % (140/440) showed ≥ 3 PPTF. In patients with ≥ 3 PPTF, 35.7 % (50/140) had episodic, and 64.3 % (90/140) had chronic migraine. Compared to no previous treatment, patients with ≥ 3 PPTF showed higher odds (95 % confidence interval) for chronic migraine [2.10 (1.47, 2.98)], ≥ 4 diagnosis exams [6.59 (3.38, 12.84)], ≥ 4 abortive drug classes [16.03 (9.53, 26.94)], ≥ 4 non-pharmacological treatments [5.91 (3.07,11.35)], and severe depression [1.75 (1.07, 2.88)] and anxiety [1.73 (1.05, 2.85)]. CONCLUSION: Patients first visiting a headache specialist had a high frequency of non-response treatment associated with higher migraine burden in terms of chronification, psychiatric comorbidity, acute medication and non-pharmacological treatment inefficacy, and unnecessary exams.


FUNDAMENTO: No Brasil, há escassez de evidências sobre a carga da enxaqueca em pacientes que apresentaram falha prévia no tratamento preventivo (FTPP). OBJETIVO: Avaliar as associações entre ≥ 3 PPTF e dados clínicos, psiquiátricos e de história médica. MÉTODOS: Em um estudo retrospectivo e transversal, foram examinados os prontuários de pacientes com enxaqueca que visitaram pela primeira vez uma clínica especializada terciária. Foram selecionados adultos de ambos os sexos com idade ≥ 18 anos que compareceram à primeira consulta entre março e julho de 2017. Modelos de regressão logística ordinal estimaram as associações entre número de PPTF (sem tratamento prévio, 1 PPTF, 2 e ≥ 3 PPTF) e enxaqueca crônica, o número de exames de diagnóstico realizados, classes de medicamentos abortivos utilizados e tratamentos não farmacológicos tentados (todos categorizados como nenhum, 1-3 e ≥ 4) e depressão grave (PHQ-9 ≥ 15) e ansiedade (GAD-7 ≥ 15), ajustado por sexo, idade e anos de doença. RESULTADOS: Foram analisados ​​dados de 440 pacientes (72,1% mulheres) com idade média (DP) de 37,3 (13,0) anos. A frequência de nenhum tratamento prévio foi de 37,7% (166/440), enquanto 31,8% (140/440) apresentaram ≥ 3 PPTF. Em doentes com ≥ 3 PPTF, 35,7% (50/140) tiveram enxaqueca episódica e 64,3% (90/140) tiveram enxaqueca crónica. Em comparação com nenhum tratamento anterior, pacientes com ≥ 3 PPTF apresentaram chances mais altas (intervalo de confiança de 95%) para enxaqueca crônica [2,10 (1,47, 2,98)], ≥ 4 exames de diagnóstico [6,59 (3,38, 12,84)], ≥ 4 classes de medicamentos abortivos [16,03 (9,53; 26,94)], ≥ 4 tratamentos não farmacológicos [5,91 (3,07;11,35)] e depressão grave [1,75 (1,07; 2,88)] e ansiedade [1,73 (1,05; 2,85)]. CONCLUSÃO: Os pacientes que consultaram pela primeira vez um especialista em dor de cabeça tiveram uma alta frequência de não resposta ao tratamento associada a maior carga de enxaqueca em termos de cronificação, comorbidade psiquiátrica, medicação aguda e ineficácia do tratamento não farmacológico e exames desnecessários.

15.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(1): 3-6, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531561

RESUMO

Introduction: Propranolol was the first non-selective beta-adrenergic blocker to be developed. Initially it was used in the treatment of cardiovascular diseases, but since the 60's it has been used in the prevention of migraine. Objective: The objective of this study was to know the history of propranolol and its use as a migraine prophylactic. Methods: This study was an integrative literature review using articles with historical data on propranolol, from its origin in cardiology to its indication in the preventive treatment of migraine. Results: Propranolol was described in 1962 for the treatment of cardiovascular diseases. In the same decade, it was prescribed for the preventive treatment of migraine and, recently, included in the consensus of the Brazilian Headache Society. Conclusion: Although propranolol was initially synthesized for the treatment of heart disease, it has proved to be an effective drug in preventing migraine attacks


Introdução: O propranolol foi o primeiro bloqueador beta-adrenérgico não seletivo a ser desenvolvido. Inicialmente era utilizado no tratamento de doenças cardiovasculares, mas desde a década de 60 tem sido utilizado na prevenção de enxaquecas. Objetivo: O objetivo deste estudo foi conhecer a história do propranolol e seu uso como profilático para enxaqueca. Métodos: Este estudo foi uma revisão integrativa da literatura utilizando artigos com dados históricos sobre o propranolol, desde sua origem na cardiologia até sua indicação no tratamento preventivo da enxaqueca. Resultados: O propranolol foi descrito em 1962 para o tratamento de doenças cardiovasculares. Na mesma década, foi prescrito para o tratamento preventivo da enxaqueca e, recentemente, incluído no consenso da Sociedade Brasileira de Cefaleia. Conclusão: Embora o propranolol tenha sido inicialmente sintetizado para o tratamento de doenças cardíacas, provou ser um medicamento eficaz na prevenção de crises de enxaqueca

16.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(1): 7-12, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531737

RESUMO

Cranial nerve blocks (CNBs) have been used for the acute and preventive treatment of a variety of headaches, including migraine. The effectiveness of CNBs in migraine is usually observed beyond the duration of the nerve block, possibly due to central pain modulation. The most used target is the greater occipital nerve. Other commonly targeted nerves are the lesser occipital nerve and various branches of the trigeminal nerve, including the supratrochlear, supraorbital, and auriculotemporal nerves. CNBs are generally safe and well-tolerated procedures that can be performed in either emergency or outpatient settings. There is currently no guideline standardizing CNBs in migraine. In clinical practice, as well as the few published studies, the results are encouraging, justifying further studies in the area. In the present study we critically review the literature about the safety and efficacy of CNBs in the treatment of migraine attacks and in the preventive treatment of migraine.


Bloqueios de nervos cranianos (BNCs) têm sido usados ​​para o tratamento agudo e preventivo de uma variedade de dores de cabeça, incluindo enxaqueca. A eficácia dos BNC na enxaqueca é geralmente observada além da duração do bloqueio nervoso, possivelmente devido à modulação central da dor. O alvo mais utilizado é o nervo occipital maior. Outros nervos comumente alvo são o nervo occipital menor e vários ramos do nervo trigêmeo, incluindo os nervos supratroclear, supraorbital e auriculotemporal. Os CNBs são geralmente procedimentos seguros e bem tolerados que podem ser realizados em ambientes de emergência ou ambulatoriais. Atualmente não há nenhuma diretriz padronizando BNCs na enxaqueca. Na prática clínica, assim como nos poucos estudos publicados, os resultados são animadores, justificando novos estudos na área. No presente estudo revisamos criticamente a literatura sobre a segurança e eficácia dos BNC no tratamento de crises de enxaqueca e no tratamento preventivo da enxaqueca.

17.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(1): 18-28, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531747

RESUMO

Introduction:Migraine is a complex headache to treat, often with an unsatisfactory clinical response. Aerobic exercise, such as running, can be a non-pharmacological treatment to reduce migraine attacks. Objective:This systematic review with meta-analysis investigated the effects of running on frequency and intensity of pain in subjects with migraine compared with other or no aerobic exercise. Methods:Randomized and quasi-randomized clinical trials were searched between September and November 2021 in BVS, PubMed, Cochrane, CINAHL, SCOPUS, Embase, and Web of Science databases. The Cochrane Risk of Bias tool assessed methodological quality, and the recommendation ranking assessed the certainty of evidence. The frequency of migraine attacks was pooled in a meta-analysis (random effects) that included interval and continuous running subgroups. Results:Only two of the 483 studies analyzed were included in the review (52 individuals, 81% females). Migraine intensity was not included in the meta-analysis because only one study measured this outcome. None of the studies demonstrated that running reduced the frequency of migraine attacks (MD = -0.40 [95% CI = -1.61 to 0.81]). The studies included presented a high risk of bias and very low certainty of evidence. Conclusion:The results were not sufficient to recommend running as a treatment to reduce the frequency and intensity of migraine attacks.


Introdução: A enxaqueca é uma cefaleia complexa de tratar, muitas vezes com resposta clínica insatisfatória. O exercício aeróbico, como a corrida, pode ser um tratamento não farmacológico para reduzir as crises de enxaqueca. Objetivo: Esta revisão sistemática com meta-análise investigou os efeitos da corrida na frequência e intensidade da dor em indivíduos com enxaqueca em comparação com outros ou nenhum exercício aeróbico. Métodos:Ensaios clínicos randomizados e quase randomizados foram pesquisados ​​entre setembro e novembro de 2021 nas bases de dados BVS, PubMed, Cochrane, CINAHL, SCOPUS, Embase e Web of Science. A ferramenta Cochrane Risk of Bias avaliou a qualidade metodológica e a classificação das recomendações avaliou a certeza das evidências. A frequência das crises de enxaqueca foi agrupada em uma meta-análise (efeitos aleatórios) que incluiu subgrupos de intervalo e de execução contínua. Resultados: Apenas dois dos 483 estudos analisados ​​foram incluídos na revisão (52 indivíduos, 81% do sexo feminino). A intensidade da enxaqueca não foi incluída na metanálise porque apenas um estudo mediu esse resultado. Nenhum dos estudos demonstrou que correr reduziu a frequência de crises de enxaqueca (MD = -0,40 [IC 95% = -1,61 a 0,81]). Os estudos incluídos apresentaram alto risco de viés e baixíssima qualidade de evidência. Conclusão:Os resultados não foram suficientes para recomendar a corrida como tratamento para reduzir a frequência e intensidade das crises de enxaqueca.

18.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(1): 29-31, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531754

RESUMO

Introduction: he present article aims to popularize the temporomandibular disorder as a possible diagnosis when the phisician is facing a primary headache that was first thought to be a migraine headache or tension type headache, specially when they are not responsible to the treatment. Methodology:This study focused on the clinical manifestation of the headache caused by temporomandibular disorder, with data searched in the National Library of Medicine, Scielo and PubMed libraries, from 2002 to 2022; also the 3rd edition of the International Classification of Headache Disorders (2018) and the Continuum Headache (2021). The aspects of the clinical manifestation chosen for comparison were location of the pain, type of pain, crisis duration, improvement and worsening factors and associated symptoms. Results:27 articles were found and 3 were included and used to create a table comparing migraine, tension type and TMD headache. Some manifestations were similar, like bilateral location of headache (tension type and TMD headache) and many manifestations were distinct, like the type of pain (pulsatile for migraine, tight for tension type and rigidity or stabbing for TMD headache). In face of these results, it is clear that there are many aspects of the differential diagnosis between these three types of headache that can be investigated so that we can distinguish them. This study also reiterates the need for further studies regarding this topic. Conclusion:It is very reasonable to consider TMD headache as a first diagnosis when the complaint is a primary headache, as much as it is reasonable to consider this diagnosis when the refractoriness is the complaint. Also, considering the TMD as a trigger to the other headaches.


Introdução: o presente artigo tem como objetivo popularizar a disfunção temporomandibular como um possível diagnóstico quando o médico se depara com uma cefaleia primária que inicialmente se pensava ser uma enxaqueca ou cefaleia do tipo tensional, principalmente quando não são responsáveis ​​pelo tratamento. Metodologia:Este estudo teve como foco a manifestação clínica da cefaleia causada pela disfunção temporomandibular, com dados pesquisados ​​nas bibliotecas National Library of Medicine, Scielo e PubMed, de 2002 a 2022; também a 3ª edição da Classificação Internacional de Cefaleias (2018) e da Cefaleia Contínua (2021). Os aspectos da manifestação clínica escolhidos para comparação foram localização da dor, tipo de dor, duração da crise, fatores de melhora e piora e sintomas associados. Resultados: foram encontrados 27 artigos e 3 foram incluídos e utilizados para criar uma tabela comparando enxaqueca, tipo tensional e cefaleia por DTM. Algumas manifestações foram semelhantes, como localização bilateral da cefaleia (tipo tensional e cefaléia por DTM) e muitas manifestações foram distintas, como o tipo de dor (pulsátil para enxaqueca, tensa para tipo tensional e rigidez ou pontada para cefaléia por DTM). Diante desses resultados, fica claro que existem muitos aspectos do diagnóstico diferencial entre esses três tipos de cefaleia que podem ser investigados para que possamos distingui-los. Este estudo também reitera a necessidade de mais estudos sobre esse tema. Conclusão: É muito razoável considerar a cefaleia por DTM como primeiro diagnóstico quando a queixa é uma cefaleia primária, assim como é razoável considerar este diagnóstico quando a refratariedade é a queixa. Além disso, considerar a DTM como gatilho para as demais dores de cabeça.

19.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(1): 13-17, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531740

RESUMO

Introduction: Attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) has been related to the presence of primary headaches. Among them, migraine presents a wide range of comorbidities shared with ADHD, both from other psychiatric disorders and somatic conditions. Objective:This review proposes to describe the association between ADHD and migraine. Methods:Based on literature research in the major medical databases and using as descriptors "Migraine Disorders" and "Attention Deficit Disorder with Hyperactivity". Observational studies that addressed the relationship between migraine and ADHD and written only in English were included. Of the 49 articles found, only 6 met the inclusion criteria and were analyzed. Results:A total of 35,684 patients were included, 22.36% were children. Of these, 1,829 (5.12%) had ADHD. The association between ADHD and migraine was identified in 528 patients (1.47%), representing 28.86% of patients with ADHD. A bilateral relationship was observed between the two diagnoses, having in the presence of ADHD, an almost 3 times greater risk of the presence of migraine. Furthermore, individuals with isolated migraine had significantly higher symptoms of hyperactivity/impulsivity and inattention than healthy individuals. Conclusion:This review shows a possible sharing of symptoms between migraine and ADHD, requiring further studies to investigate this relationship.


Introdução: O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) tem sido relacionado à presença de cefaleias primárias. Dentre elas, a enxaqueca apresenta uma ampla gama de comorbidades compartilhadas com o TDAH, tanto de outros transtornos psiquiátricos quanto de condições somáticas. Objetivo:Esta revisão propõe descrever a associação entre TDAH e enxaqueca. Métodos:Baseado em pesquisa bibliográfica nas principais bases de dados médicas e utilizando como descritores "Transtornos de Enxaqueca" e "Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade". Foram incluídos estudos observacionais que abordassem a relação entre enxaqueca e TDAH e escritos apenas em inglês. Dos 49 artigos encontrados, apenas 6 atenderam aos critérios de inclusão e foram analisados. Resultados: Foram incluídos 35.684 pacientes, 22,36% eram crianças. Destes, 1.829 (5,12%) tinham TDAH. A associação entre TDAH e enxaqueca foi identificada em 528 pacientes (1,47%), representando 28,86% dos pacientes com TDAH. Foi observada uma relação bilateral entre os dois diagnósticos, tendo na presença de TDAH, um risco quase 3 vezes maior de presença de enxaqueca. Além disso, indivíduos com enxaqueca isolada apresentaram sintomas significativamente mais elevados de hiperatividade/impulsividade e desatenção do que indivíduos saudáveis. Conclusão:Esta revisão mostra um possível compartilhamento de sintomas entre enxaqueca e TDAH, necessitando de mais estudos para investigar essa relação.

20.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(1): 36-42, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531766

RESUMO

Introduction:The aim of this study was to investigate how infection with SARS-CoV-2 affected headache in individuals with migraine, and to identify characteristics associated with a worsening of the migraine post COVID-19. Methods:Observational study composed of 157 individuals with migraine and who had been infected with the SARS-CoV-2 virus. They were recruited from the database of the headache research group at the Pontifical Catholic University of Paraná. The participants responded online to questions about their anthropometric data, history of infection with SARS-CoV-2, presence and characteristics of the headache in the acute phase, perception of a worsening of the migraine after infection, use of analgesics and prophylactic migraine medication. Validated digital questionnaires were used: Migraine Disability Assessment (MIDAS), Beck Depression Inventory (BDI) and Allodynia Symptom Checklist (ASC-12). The results of these questionnaires were compared to values previously recorded in the database, this information having been obtained prior to the infection with COVID-19. Results:The first symptom of infection was respiratory for 76/157 (48.7%) individuals, followed by headache with 18 (11.5%). Headache was present in the acute phase of COVID-19 in 142 (90.4%) participants. A worsening of the migraine pattern post-COVID-19 occurred in 48 (30.6%) participants and they mostly suffered from presence of headache [48/48 (100.0%) vs. 94/109 (86.2%); p=0.006], throbbing headache [46/48 (95.8%) vs. 63/109(57.8%); p<0.001] and which lasted longer (5 vs. 3 days; p=0.001). Prior to contracting COVID-19, these patients already were presenting with greater MIDAS score (31 vs. 13; p=0.001), ASC-12 score (8 vs. 4; p=0.004) and BDI score (14 vs. 10; p=0.033). After infection with COVID-19, those who suffered a worsening of the migraine pattern increased their use of analgesics [41/48 (85.4%) vs. 29/109 (26.6%); p<0.001], needed to adjust or substitute their prophylactic medication [30/48 (62.5%) vs. 37/109 (33.9%); p=0.004] and continued to be more severe with regard to the MIDAS scores (34 vs. 12; p=0.001) and BDI score (16 vs. 9; p=0.008). Conclusion:Individuals who notice a worsening in migraine post-COVID-19 have a more severe migraine condition prior to infection, have more prominent headache during the acute phase and, subsequently, present with greater disability.


Introdução: O objetivo deste estudo foi investigar como a infecção pelo SARS-CoV-2 afetou a cefaleia em indivíduos com enxaqueca e identificar características associadas ao agravamento da enxaqueca pós-COVID-19. Métodos:Estudo observacional composto por 157 indivíduos com enxaqueca e que haviam sido infectados pelo vírus SARS-CoV-2. Eles foram recrutados no banco de dados do grupo de pesquisa em cefaleias da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Os participantes responderam online a perguntas sobre seus dados antropométricos, histórico de infecção por SARS-CoV-2, presença e características da cefaleia na fase aguda, percepção de piora da enxaqueca após infecção, uso de analgésicos e medicação profilática para enxaqueca. Foram utilizados questionários digitais validados: Migraine Disability Assessment (MIDAS), Beck Depression Inventory (BDI) e Allodynia Symptom Checklist (ASC-12). Os resultados destes questionários foram comparados com valores previamente registados na base de dados, tendo esta informação sido obtida antes da infecção por COVID-19. Resultados: O primeiro sintoma de infecção foi respiratório em 76/157 (48,7%) indivíduos, seguido de cefaleia em 18 (11,5%). A cefaleia esteve presente na fase aguda da COVID-19 em 142 (90,4%) participantes. Uma piora do padrão de enxaqueca pós-COVID-19 ocorreu em 48 (30,6%) participantes e eles sofriam principalmente com presença de dor de cabeça [48/48 (100,0%) vs. 94/109 (86,2%); p=0,006], cefaleia latejante [46/48 (95,8%) vs. 63/109 (57,8%); p<0,001] e que duraram mais tempo (5 vs. 3 dias; p=0,001). Antes de contrair COVID-19, esses pacientes já apresentavam maior pontuação MIDAS (31 vs. 13; p=0,001), pontuação ASC-12 (8 vs. 4; p=0,004) e pontuação BDI (14 vs. 10; p=0,033). Após a infecção por COVID-19, aqueles que sofreram um agravamento do padrão de enxaqueca aumentaram o uso de analgésicos [41/48 (85,4%) vs. 29/109 (26,6%); p<0,001], necessitaram ajustar ou substituir a medicação profilática [30/48 (62,5%) vs. 37/109 (33,9%); p=0,004] e continuou mais grave em relação aos escores MIDAS (34 vs. 12; p=0,001) e escore BDI (16 vs. 9; p=0,008). Conclusão:Indivíduos que notam piora da enxaqueca pós-COVID-19 apresentam quadro de enxaqueca mais grave antes da infecção, apresentam cefaleia mais proeminente durante a fase aguda e, posteriormente, apresentam maior incapacidade.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA
...